Quarta-feira, 04 de setembro de 2013
Última Modificação: 09/06/2020 16:55:34 | Visualizada 257 vezes
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Os deputados estaduais da CPI dos Pedágios apresentaram nesta terça-feira (3) um relatório mostrando que a implantação do pedágio nas estradas do Paraná pode ter custado mais do que deveria. De acordo com o estudo, os contratos entre o governo do estado e as concessionárias têm indícios de superfaturamento desde o início das obras que deram origem à cobrança de pedágio no estado. O documento aponta que obras, como a construção das praças de pedágio e a sinalização dos trechos custaram até duas vezes mais do que os preços de mercado da época, aumentando o lucro das empresas.
“As empresas concessionárias aceitaram a tarifa imposta pelo governo e apresentaram proposta comercial que legitima a tarifa. Nós pegamos investimentos dessa proposta e comparamos com dados do DER à época. Sobre preço de 100% a bases iniciais e 52% trabalhos a longo da concessão”, afirmou o deputado estadual Péricles de Mello (PT).
Os contratos foram assinados quando Jaime Lerner era governador do Paraná e, por isso, ele foi convidado a dar esclarecimentos à CPI. O ex-governador está viajando e ainda não informou se vai comparecer.
Na sessão desta terça-feira, os deputados decidiram pedir ao Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR) que faça uma auditoria no pedágio. Eles também querem saber qual é a receita bruta das concessionárias.
“Tem empresas de pedágio que dizem que não é tudo isso que estão ganhando, tem informações que estão ganhando muito. Enfim, Nós precisamos saber a verdade”, disse o deputado estadual Douglas Fabrício (PPS).
A Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR) contesta a denúncia de superfaturamento no valor das obras. Conforme a ABCR, o estudo é equivocado e inconsistente, além de induzir a conclusões erradas sobre os ganhos das concessionárias. A CPI do Pedágios convidou o secretário de Infraestrutura, José Richa Filho, para falar sobre as negociações dos contratos.