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N?mero de queimadas dispara em Maring? e Londrina....

Sábado, 14 de setembro de 2013

Última Modificação: 09/06/2020 16:55:12 | Visualizada 241 vezes


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Baixa umidade e estiagem prolongada têm aumentado focos de incêndio que exigem controle do Corpo de Bombeiros

O período de estiagem castiga o Norte e o Noroeste do Paraná. As queimadas que costumam acompanhar o tempo seco estão mobilizando diariamente os bombeiros de Londrina e Maringá. Nesses dois municípios, os incêndios ambientais dispararam no último mês. Em Londrina, passaram de 14, em julho, para 87 em agosto. Já em Maringá, de 15 para 73 no mesmo intervalo de tempo. Mesmo em setembro, essas brigadas já foram acionadas mais de uma vez ao dia para apagar focos de queimadas.

A situação de baixa umidade, comenta o relações-públicas do 5.º Grupamento de Bombeiros de Maringá, tenente Nivaldo do Rego, foi agravada pela recente geada na região, que deixou a vegetação ainda mais seca. Somente no município, há dias em que são atendidas até 12 ocorrências do tipo em menos de 24 horas. “Algumas pessoas têm o maldito hábito de tocar fogo na mata, seja na sobra da colheita, para limpar terreno ou quando não dão a correta destinação ao seu lixo”, afirma.

 

O porta-voz observa que as condições do clima e da folhagem favorecem a propagação das chamas. Por isso, emenda ele, é comum que focos isolados nesta época acabem se tornando incêndios de grandes proporções. Recentemente, a equipe chegou a atender um incêndio que alcançou 40 alqueires de uma propriedade na zona rural da cidade. “Também não é raro voltarmos ao mesmo endereço para um novo atendimento, mesmo tendo contido o primeiro incêndio. É preocupante porque temos que direcionar forças para isso, tirar bombeiro do Siate ou que está de folga para nos ajudar”, assinala.

 

Crime ambiental

 

Em Londrina, a maioria das queimadas registradas também é intencional, segundo o tenente Magno Vinícius Fernandes Gonçalves, do 3.º Grupamento do Corpo de Bombeiros. São mínimos os casos, diz, de focos gerados acidentalmente pelo descarte incorreto de materiais inflamáveis. “É importante lembrar que se trata de um crime ambiental. Na nossa triagem para atendimento ainda tentamos obter informações sobre quem fez isso, mas é difícil identificar essas pessoas”, comenta.

 

Segundo ele, há dias em que bombeiros da cidade atendem até oito ocorrências do tipo. O tenente reforça que a situação pode trazer prejuízos ao meio ambiente e à saúde de quem vive perto das queimadas. Isso porque há possibilidade de intoxicação por inalação da fumaça. Há ainda o risco a animais e a propriedades próximas. “A queimada pode fugir do controle e se alastrar para outros locais”, alerta.

 

Frente fria traz chuva no começo da semana

 

A previsão para o início da semana que vem é de chuvas, segundo o Instituto Tecnológico Simepar. Com isso, as condições de umidade do ar devem melhorar principalmente na metade Sul do Paraná.

 

O meteorologista Tarcísio Valente da Costa explica que há uma frente fria se deslocando pela Região Centro-Sul, Oeste e Sudoeste na segunda-feira e atingindo outras áreas a partir de terça. A tendência, assinala, é que as temperaturas mínimas comecem a cair no estado na quarta-feira. Ainda assim, o declínio não deve ser tão acentuado. “Continua fazendo calor, mas um pouco menos.” Ele diz que a condição de nebulosidade favorecerá a queda das máximas.

 

Com pancadas de chuva e trovoadas, em Curitiba, as mínimas na segunda e terça ficarão em 14ºC, enquanto as máximas na casa dos 26ºC e 23ºC. No Norte do estado, em Londrina, a máxima de 30ºC prevista na segunda deve cair para os 27ºC na próxima terça-feira, com a chegada das chuvas.


Fonte: gazeta maringá

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