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Nova den?ncia atinge o ministro do Trabalho, mas Dilma o defende....

Quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Última Modificação: 09/06/2020 16:55:05 | Visualizada 257 vezes


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Ex-dirigente do PDT afirma ter recebido pagamento por serviços partidários por meio de entidade que recebia verba federal, em esquema articulado por Manoel Dias

Cercado de ex-assessores acusados pela Polícia Federal por desvio de dinheiro do Ministério do Trabalho, o ministro Manoel Dias (PDT) foi alvo ontem de denúncia que o atinge diretamente. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, um ex-dirigente do PDT catarinense, John Siever Dias, disse ter recebido pagamento por serviços partidários por meio de uma entidade contratada para prestar serviços para o Ministério do Trabalho. E que o esquema foi montado pelo atual ministro

Manoel Dias negou a acusação. E a presidente Dilma Rousseff, em declaração à imprensa gaúcha, saiu em defesa do ministro: “Ele acabou de entrar no governo. As responsabilidades do Manoel Dias são muito circunscritas. Vou avaliar todos os dados. Nós não temos, hoje, nenhuma razão para modificar nossa visão e avaliação do ministro”, disse.

 

Esquema

 

Ao jornal O Estado de S. Paulo, o ex-dirigente partidário John Siever Dias disse que o esquema irregular de pagamento ocorreu em 2008, durou pelo menos seis meses e foi montado pelo hoje ministro. John Siever disse que assumiu no início de 2008 a responsabilidade em Santa Catarina pela Universidade Leonel Brizola – entidade vinculada ao PDT. Segundo o jornal, John revelou que o ministro disse à época que ele seria remunerado pelo trabalho para o PDT e que dinheiro viria de outra instituição, a ADRVale de Brusque, que mantinha contrato com o ministério. O pagamento – de cerca de R$ 1,3 mil mensais – era depositado pela ADRVale, disse John.

 

A ADRVale, segundo o jornal, tem como dirigentes Osmar Boos e Militino Angioletti, que foram filiados ao PDT entre 1992 e julho deste ano. E a entidade recebeu recursos do Ministério do Trabalho entre 2007 e 2012. A Polícia Federal chegou a investigar uma das parcerias da entidade com o ministério, mas o caso acabou arquivado, informou o jornal.

 

O trabalho para a universidade se encerrou quando John Siever decidiu sair candidato a vereador pelo PDT, mas o salário continuou a ser pago.

 

Outro lado

 

O ministro do Trabalho, Manoel Dias, negou ao jornal a acusação de que houve acerto para que a ADRVale fizesse pagamento a um prestador de serviços do PDT. Em nota, disse que “não havia fontes de recursos” para John Siever Dias “porque o trabalho era de militante”.

 

A nota oficial informou ainda que John Siever Dias ingressou com ação na Justiça do Trabalho pedindo vínculo empregatício com o partido. “Ambas as ações estão extintas e prescritas pelo fato de o reclamante não comparecer às audiências para provar o que alegava.”

 

O jornal O Estado de S. Paulo informou que o Ministério do Trabalho não quis dar esclarecimentos sobre os convênios da ADRVale. A advogada da ADRVale, Ana Helena Boos, disse que a entidade está inativa, pois não recebeu todos os recursos que eram devidos pelo ministério.


 

 

Fonte: Gazeta maringá

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