Segunda-feira, 07 de outubro de 2013
Última Modificação: 09/06/2020 16:54:41 | Visualizada 319 vezes
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Sempre que a inflação bate à porta, os consumidores mudam o jeito de fazer compras no supermercado. Desta vez, a busca por preços mais baixos tem levado muitas pessoas aos grandes varejistas e aos chamados “atacarejos” para comprar itens da cesta básica e produtos de limpeza, deixando produtos perecíveis e supérfluos para os supermercados de vizinhança, que costumam cobrar mais caro.
Uma pesquisa da consultoria CVA Solutions com 6.985 consumidores de todo o país analisou 65 empresas do varejo alimentar e mostrou que, quando se trata de produtos como frutas, verduras, legumes, laticínios e carnes, os consumidores não se importam em desembolsar um pouco mais para ter variedade e a praticidade das compras perto de casa.
Segundo o levantamento, os consumidores demonstram preferência pelas lojas de grandes redes (Walmart, Carrefour, Extra, BIG, Makro) para comprar itens indispensáveis, sobretudo alimentos da cesta básica e produtos de limpeza. O motivo é o preço mais acessível, que pode gerar uma economia de até 30% na compra. Por outro lado, supermercados de vizinhança como Pão de Açúcar, Angeloni, Condor e Super Muffato despontam na venda de frutas, verduras e legumes; carnes; e itens de padaria.
“Com a inflação em alta, os consumidores tendem a buscar opções mais baratas, como os atacarejos, e acabam levando mais itens para casa, pela própria característica dessas lojas, cujos preços diminuem na medida em que a quantidade comprada aumenta” afirma Sandro Cimatti, sócio-diretor da CVA Solutions.
Ao contrário do que possa parecer, a procura por preços menores não é exclusividade das classes menos abastadas. Segundo pesquisa da Nielsen, encomendada pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), 53,2% dos consumidores dos atacarejos são das classes A e B, 42,2% da classe C e 4,6% das classes D e E.
Atacarejo
As lojas que misturam atacado e varejo, apelidadas de “atacarejo”, estão se multiplicando. O segmento cresceu 17,5% no primeiro semestre, bem mais que atacado (3,4%) e supermercados (3%), segundo pesquisas da Abras e Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (Abad).
Atento ao setor, o Grupo Muffato abriu, só neste ano, três lojas com a bandeira Muffato Max Autosserviço, em Curitiba, Paranaguá e Cascavel. Para Eduardo Muffato, diretor do grupo, o poder de compra do consumidor aumenta muito no atacarejo. “O consumidor pode fazer tanto as compras picadas do dia a dia quanto uma compra maior, do mês”, diz. O negócio, que começou com foco em restaurantes, lanchonetes e padarias, conseguiu conquistar os consumidores finais pelo bolso. Sem limite mínimo de quantidade, a loja tem produtos em grande escala, mas também oferece padaria, açougue e setor de frios e laticínios. “A ideia é oferecer aqui, tudo o que o consumidor precisa”, diz.
Lista na mão para evitar supérfluos
Lista na mão para evitar os supérfluos e olho atento aos preços. Uma vez por mês, essa é a rotina do casal Silvana e Luiz Prado, que há cinco anos trocou os supermercados pelos atacarejos – estão habituados a comprar no Armazém da Maria e recentemente experimentaram o Muffato Max. Eles não se importam em dividir os corredores com caixas e empilhadeiras que eventualmente repõem os produtos. O que vale é a economia, que pode passar de 30% no fim da compra.
Segundo Silvana, não é necessário levar produtos em grandes quantidades para que a compra no atacarejo seja vantajosa. “Quando vejo que o preço está realmente bom ou que um produto da lista está em promoção, acabo levando uma quantidade maior para o outro mês, mas não costumo fazer estoque”, diz.
No início do ano, o casal gastava em média R$ 300 por compra, mas, com o avanço dos preços, o valor chegou a R$ 450. Com a opção pelo atacarejo, conseguem economizar entre R$ 50 e R$ 100. Atenta às oportunidades para aliviar o bolso, Silvana fica de olho nas promoções dos supermercados tradicionais para comprar itens que ficaram faltando na compra do mês – para ela, a variedade é um dos pontos fracos das lojas que misturam atacado e varejo.
Habituados a fazer compras em supermercados tradicionais, Luana e Valdinei Moreira de Souza experimentaram o atacarejo para analisar o impacto no bolso. “Apesar da variedade um pouco menor, os preços estão bons”, diz Valdinei. Como o preço cai conforme a quantidade, difícil é controlar o tamanho da compra. “Estamos levando mais do que o normal”, admite Luana.
Uma pesquisa da consultoria CVA Solutions com 6.985 consumidores de todo o país analisou 65 empresas do varejo alimentar e mostrou que, quando se trata de produtos como frutas, verduras, legumes, laticínios e carnes, os consumidores não se importam em desembolsar um pouco mais para ter variedade e a praticidade das compras perto de casa.
Segundo o levantamento, os consumidores demonstram preferência pelas lojas de grandes redes (Walmart, Carrefour, Extra, BIG, Makro) para comprar itens indispensáveis, sobretudo alimentos da cesta básica e produtos de limpeza. O motivo é o preço mais acessível, que pode gerar uma economia de até 30% na compra. Por outro lado, supermercados de vizinhança como Pão de Açúcar, Angeloni, Condor e Super Muffato despontam na venda de frutas, verduras e legumes; carnes; e itens de padaria.
“Com a inflação em alta, os consumidores tendem a buscar opções mais baratas, como os atacarejos, e acabam levando mais itens para casa, pela própria característica dessas lojas, cujos preços diminuem na medida em que a quantidade comprada aumenta” afirma Sandro Cimatti, sócio-diretor da CVA Solutions.
Ao contrário do que possa parecer, a procura por preços menores não é exclusividade das classes menos abastadas. Segundo pesquisa da Nielsen, encomendada pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), 53,2% dos consumidores dos atacarejos são das classes A e B, 42,2% da classe C e 4,6% das classes D e E.
Atacarejo
As lojas que misturam atacado e varejo, apelidadas de “atacarejo”, estão se multiplicando. O segmento cresceu 17,5% no primeiro semestre, bem mais que atacado (3,4%) e supermercados (3%), segundo pesquisas da Abras e Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (Abad).
Atento ao setor, o Grupo Muffato abriu, só neste ano, três lojas com a bandeira Muffato Max Autosserviço, em Curitiba, Paranaguá e Cascavel. Para Eduardo Muffato, diretor do grupo, o poder de compra do consumidor aumenta muito no atacarejo. “O consumidor pode fazer tanto as compras picadas do dia a dia quanto uma compra maior, do mês”, diz. O negócio, que começou com foco em restaurantes, lanchonetes e padarias, conseguiu conquistar os consumidores finais pelo bolso. Sem limite mínimo de quantidade, a loja tem produtos em grande escala, mas também oferece padaria, açougue e setor de frios e laticínios. “A ideia é oferecer aqui, tudo o que o consumidor precisa”, diz.
Lista na mão para evitar supérfluos
Lista na mão para evitar os supérfluos e olho atento aos preços. Uma vez por mês, essa é a rotina do casal Silvana e Luiz Prado, que há cinco anos trocou os supermercados pelos atacarejos – estão habituados a comprar no Armazém da Maria e recentemente experimentaram o Muffato Max. Eles não se importam em dividir os corredores com caixas e empilhadeiras que eventualmente repõem os produtos. O que vale é a economia, que pode passar de 30% no fim da compra.
Segundo Silvana, não é necessário levar produtos em grandes quantidades para que a compra no atacarejo seja vantajosa. “Quando vejo que o preço está realmente bom ou que um produto da lista está em promoção, acabo levando uma quantidade maior para o outro mês, mas não costumo fazer estoque”, diz.
No início do ano, o casal gastava em média R$ 300 por compra, mas, com o avanço dos preços, o valor chegou a R$ 450. Com a opção pelo atacarejo, conseguem economizar entre R$ 50 e R$ 100. Atenta às oportunidades para aliviar o bolso, Silvana fica de olho nas promoções dos supermercados tradicionais para comprar itens que ficaram faltando na compra do mês – para ela, a variedade é um dos pontos fracos das lojas que misturam atacado e varejo.
Habituados a fazer compras em supermercados tradicionais, Luana e Valdinei Moreira de Souza experimentaram o atacarejo para analisar o impacto no bolso. “Apesar da variedade um pouco menor, os preços estão bons”, diz Valdinei. Como o preço cai conforme a quantidade, difícil é controlar o tamanho da compra. “Estamos levando mais do que o normal”, admite Luana.