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Universit?rios d?o uma m?o ? pesquisa espacial...

Quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Última Modificação: 09/06/2020 16:53:51 | Visualizada 416 vezes


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Alunos da UEL desenvolvem experimento que será levado ao espaço em operação prevista para 2015

Estudantes da Universidade Estadual de Londrina (UEL), no Norte do estado, estão tendo a oportunidade de colaborar pela segunda vez com a pesquisa aeroespacial brasileira. Membros do Grupo de Instrumentação Eletrônica e Sistemas Inerciais, do Departamento de Engenharia Elétrica da instituição, eles atuam na criação de um experimento capaz de medir acelerações em plataformas de microgravidade.

 

Nesse tipo de ambiente, os corpos expostos apresentam ausência de peso. A iniciativa leva o nome de Plataforma de Aquisição para Análise de Dados de Aceleração (Paanda) e deverá ser embarcada, em meados de 2015, em uma missão coordenada pela Agência Espacial Brasileira (AEB).

 

Além da UEL, contribuem com pesquisas dentro do Programa de Microgravidade da AEB instituições com tradição de estudos na área, como o Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

 

A iniciação científica é fomentada através de recursos repassados pela AEB, que liberou, recentemente, mais R$ 184,8 mil para o projeto em Londrina. Seis alunos da universidade compõem o grupo.

 

Para decolar

 

O coordenador das atividades, o professor Marcelo Tosin, avalia que a prática tem sido positiva para a formação de mão de obra especializada em áreas com deficiência de profissionais, como a de Defesa, e o incremento de conhecimento tecnológico a empresas do ramo. “Quando o aluno entra no grupo, ele não tem ideia sobre as possibilidades que tem pela frente. Em Londrina, é uma iniciativa pioneira. Temos formado bons engenheiros, que podem repassar isso para a iniciativa privada depois”, explica.

 

Tosin salienta que, elevando o nível técnico das empresas que usam tecnologia espacial, pode-se obter mais produtividade, competitividade e inovação no país. “Para ser criativo é preciso conhecimento e os alunos acumulam conhecimento no grupo”, diz.

 

Segundo o coordenador, em geral, os participantes do grupo de iniciação científica já estão no quarto ou quinto ano de graduações como Engenharia Elétrica ou Física e, não raro, optam por desenvolver Trabalhos de conclusão de curso correlatos às pesquisas realizadas e ingressar em programas de mestrado na área. “Temos dois alunos que hoje atuam com isso. Um está na Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer), e outro no Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), que fabrica foguetes de sondagem”, conta.

 

Aos 23 anos, o estudante Daniel Strufaldi Batista, do último ano de Engenharia Elétrica, também já pensa em seguir carreira na área de estudos espaciais. As pesquisas junto à Agência Espacial Brasileira deram a ele novas perspectivas de trabalho e gosto em aprender novas tecnologias. “Sei que estou fazendo algo que não é comum, me sinto privilegiado com a oportunidade e pretendo trabalhar nisso. É algo que não me pesa e ainda é bem restrito no Brasil”, considera o rapaz, ao pontuar que no país só há cinco cursos voltados à área.

 

Fonte: GAZETA-MARINGÁ

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