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Brasil e Am?rica do Sul t?m cinco grandes desafios no agroneg?cio...

Terça-feira, 26 de novembro de 2013

Última Modificação: 09/06/2020 16:53:45 | Visualizada 260 vezes


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Setor dosa o crescimento de produtividade e a expansão das lavouras conforme o consumo global de alimentos e energia e traça metas durante primeiro encontro entre seis países

O Brasil e a América do Sul estão em um momento decisivo para ordenar a expansão do agronegócio e alcançam uma visão mais clara sobre a demanda global por alimentos, mostrou o 1º Fórum de Agricultura da América do Sul, que reuniu mais de 300 lideranças, especialistas e autoridades em Foz do Iguaçu na última semana. O evento, realizado pelo Agronegócio Gazeta do Povo e pelo Conselho Agropecuário do Sul (CAS), mostrou que mercado não deve faltar, mas que o crescimento equilibrado vai exigir um monitoramento constante do consumo de alimentos e de agroenergia.

Com mais áreas disponíveis, o Brasil assume a liderança nas discussões sobre expansão da colheita. “Acredito no agro como alavanca para o País. Temos solo, tecnologia e produtor disposto a ampliar a safra”, disse o ministro brasileiro da Agricultura, Antônio Andrade. O mercado representado pelos países em desenvolvimento emite estímulo cada vez maior à produção de proteína e as reflexões sobre as tendências tornam-se decisivas porque determinarão até que ponto a América do Sul se beneficiará desse cenário, destacou o ministro da Agricultura do Uruguai, Tabaré Aguerre. “Podemos adotar um modelo de produção que promova o desenvolvimento econômico e social.”

 

A situação da oferta não é tão confortável, apontou Seneri Paludo, diretor da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), estado líder na soja no Brasil. A partir de agora, será mais difícil incrementar a produção sem incorporar novas áreas ao sistema produtivo, considerou. “Para atender a demanda internacional, a América do Sul tem que aumentar a produção em 50 milhões de toneladas e metade deve vir de aumento na produtividade.” A meta é elevar a produtividade da casa de 50 para 59 sacas por hectare.

 

Na avaliação de Paludo, a safra que começou a ser plantada dois meses atrás com perspectivas de produção de 88 milhões de toneladas agora tem chance de atingir 90 milhões de toneladas.

 

Se chegar a 59 sacas por hectare, a agricultura brasileira tende a ganhar 4,8 milhões de hectares sobre áreas de pastagens para atingir a marca de 120 milhões de toneladas esperada para 2023. Se essa produtividade não for atingida, será necessário incremento de 6 milhões de hectares, apontou Paludo. Com esta expansão, a soja cobriria 35 milhões de hectares no início da próxima década.

 

Paludo destaca a logística como o fator decisivo para que o Brasil decida se expande mais a produção em Mato Grosso ou no Centro-Norte. Essa definição virá do avanço de obras, como o asfaltamento da BR-163, em Mato Grosso, e do Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram), no Porto de Itaqui, em São Luís (MA).


Fonte: Gazeta-maringá

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