Sábado, 14 de dezembro de 2013
Última Modificação: 09/06/2020 16:52:17 | Visualizada 235 vezes
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A avaliação do governo do Paraná, na administração de Beto Richa (PSDB), é considerada ótima ou boa por 45% dos eleitores entrevistados no estado, aponta uma pesquisa divulgada ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em parceria com o Ibope. O índice coloca a administração do estado como a 7.ª mais bem avaliada do Brasil. No ranking dos três primeiros lugares aparecem os governos do Amazonas, de Omar Aziz (PFL), com 74%; de Pernambuco, de Eduardo Campos (PSB), com 58%; e do Acre, de Tião Viana (PT), com 55%.
Ainda sobre a avaliação do governo, 39% dos entrevistados o consideraram como regular, 9% como ruim, e 5% como péssima. Outros 2% não souberam ou não responderam. Em julho deste ano, análise similar mostrava que a popularidade do governo Richa estava em 41% – quatro pontos porcentuais a menos comparados com os dados da pesquisa atual. A variação aconteceu dentro da margem de erro, que é de quatro pontos porcentuais. Na pesquisa anterior, Richa chegou a ficar como o segundo governador mais bem colocado pelo levantamento, mas, na época, o Ibope só ouviu entrevistados em 11 estados.
O levantamento divulgado ontem apontou ainda que 54% dos entrevistados aprovam a maneira pessoal de Richa administrar o estado. O governador passa confiança para 42% dos eleitores. Ou seja, a avaliação pessoal de Richa é melhor do que a avaliação do governo dele, segundo os dados do Ibope.
Para o cientista social e professor da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) Lindomar Wessler Boneti, o índice de avaliação do governo de Beto Richa pode ser considerado, de maneira geral, bom. No entanto, ele ressalta que o indicador sozinho não é suficiente para apontar possíveis desdobramentos no cenário político das eleições do próximo ano.
“A gente não tem ideia da configuração política que vai ser construída a partir de então, dos acordos que serão formados, de quem vai aparecer para concorrer. Por isso, parece-me um pouco cedo para avaliar esse indicador para as eleições”, disse.
Avaliação por área
Entre as áreas do Paraná apontadas como pior administradas, a saúde aparece em primeiro lugar, com 43% das repostas. Segurança Pública aparece na segunda posição, com 42%, seguida de Desenvolvimento/Crescimento do estado, com 35% de desaprovação.
Por outro lado, entre as áreas consideradas mais bem conduzidas pelo peessedebista estão Agricultura, com 20% de aprovação, e Energia Elétrica, Geração de Empregos e Habitação/Moradia, todos com 18%.
Pesquisa
A pesquisa foi realizada de 23 de novembro a 2 de dezembro deste ano. No Paraná, foram realizadas 602 entrevistas. O intervalo de confiança estimado é de 95%, e a margem de erro máxima estimada – para o estado do Paraná – é de 4 pontos porcentuais.
Brasil
Avaliação de Dilma continua em recuperação e chega a 43%
Folhapress
A avaliação do governo da presidente Dilma Rousseff continua em trajetória de recuperação após abalo causado pela onda de protestos em junho, segundo pesquisa CNI/Ibope divulgada ontem. O porcentual da população que avalia seu governo como ótimo ou bom aumentou de 31% em julho, quando chegou ao menor índice logo após os protestos, para 43% em novembro. Em setembro, esse índice era de 37%, segundo a mesma pesquisa, que foi feita entre os dias 23 de novembro e 2 de dezembro.
O Datafolha também mostrou a trajetória de recuperação da popularidade da presidente, em pesquisa divulgada no início do mês. Segundo o Datafolha, o governo federal era aprovado por 36% dos entrevistados em agosto, mas agora esse índice está em 41%. Os porcentuais, porém, ainda estão longe da popularidade de Dilma antes dos protestos. Pela CNI/Ibope, Dilma chegou a 63% de avaliação positiva em março.
A avaliação negativa da presidente permaneceu dentro da margem de erro na pesquisa divulgada ontem. O porcentual dos que consideram seu governo ruim ou péssimo passou de 22% para 20%. Em julho, estava em 31%.
A área da saúde é considerada uma das três áreas de pior desempenho por 52% da população. O porcentual de desaprovação é de 72%. A pesquisa apontou ainda que caiu a desaprovação à política de combate à inflação do governo. Ela variou de 68% para 63% em relação ao levantamento de setembro. A aprovação aumentou de 27% para 31% no período.