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Uma corrida presidencial mais quente...

Terça-feira, 06 de maio de 2014

Última Modificação: 09/06/2020 16:49:04 | Visualizada 230 vezes


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Dilma, Aécio e Campos intensificam suas agendas e sobem o tom neste período de pré-campanha. Para cientista político, 2014 está sendo um ano atípico

 

O feriado de 1.º de maio pode ser considerado um marco na corrida presidencial deste ano. Desde então, Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) deixaram suas estratégias mais claras e deram passos importantes para a solidificação de suas posições. Consequentemente, a temperatura da campanha subiu alguns graus.

Os três principais pré­candidatos têm tentado adequar o discurso à realidade eleitoral e intensificar a agenda de atividades. A presidente anunciou um pacote de bondades e viu o PT “enterrar” o movimento “Volta Lula”. Já Aécio acentuou as críticas ao governo federal e buscou uma aproximação de Campos, que, por sua vez, iniciou um movimento para tentar se diferenciar do colega de oposição.

Nos próximos dias, esses processos devem se intensificar. O programa partidário de televisão e rádio do PT, que irá ao ar hoje, trará críticas pesadas contra os dois principais adversários do partido. Já o PSDB por sua vez entrou com uma representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra Dilma por suposta campanha antecipada, por suas declarações no 1.º de maio em rede nacional de rádio e TV.

O cientista político da UFPR Fabrício Tomio avalia que 2014 está sendo um ano atípico. De acordo com ele, o volume de manifestações dos candidatos neste período do ano é maior do que em eleições anteriores. Para Tomio, como todos os olhos estarão voltados para a Copa do Mundo nos próximos meses, tanto os candidatos quanto a própria imprensa têm aproveitado este momento para dar visibilidade às eleições. Entretanto, isso tem pouco efeito no eleitorado.

Campanhas sólidas

Segundo o cientista político da PUCPR Mário Sérgio Lepre, as três pré-candidaturas já mostram a linha que seguirão ao longo da campanha. Dilma deve defender os 12 anos de PT e uma concepção de Estado voltado para a igualdade social, enquanto Aécio adota um discurso de crescimento econômico a partir da redução da participação estatal. Já Campos busca conciliar insatisfações da população com a gestão do Estado e a aprovação das políticas públicas realizadas pelo governo Lula.

Entretanto, o contexto político ainda é imprevisível. O sucesso ou fracasso da Copa do Mundo, por exemplo, deve ter um grande peso na campanha, na avaliação de Lepre. Outras questões contextuais, como a CPI da Petrobras, também podem pesar na hora de o eleitor decidir o voto. Logo, esse mês de maio pode dar boas pistas sobre o tom da campanha, mas não sobre seu resultado.

 


 

PSDB e DEM pedem punição a Dilma por pronunciamento

Agência Estado

O PSDB e o DEM pediram ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que puna a presidente Dilma Rousseff por supostamente ter feito propaganda eleitoral antecipada no pronunciamento da semana passada sobre o Dia do Trabalho. De acordo com o PSDB, Dilma convocou cadeia de rádio e TV em horário nobre para fazer proselitismo de seu governo e dela própria e para divulgar a candidatura à reeleição. Na manifestação, a presidente anunciou o reajuste do Bolsa Família e a correção da tabela do Imposto de Renda (IR).

Conforme o partido, a presidente usou um espaço pago pelo erário para atacar seus adversários e passar a mensagem de que seria mais apta para exercer o mandato do que seus concorrentes.

O PSDB sustenta que Dilma ultrapassou os limites estabelecidos pela legislação. O partido quer que o TSE fixe uma multa por propaganda antecipada que, pela legislação, pode ser de R$ 5 mil a R$ 25 mil.

Democratas

A representação do De­mocratas (DEM) foi protocolada no início da noite de ontem. Em pronunciamento feito na tribuna do Senado, o líder José Agripino (RN) afirmou que o partido também acionará o Ministério Público Federal por acreditar que houve ato de improbidade administrativa.

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