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Ambiente ?hostil? preocupa Felip?o no ?ltimo amistoso antes da Copa...

Sexta-feira, 06 de junho de 2014

Última Modificação: 05/09/2018 14:38:48 | Visualizada 195 vezes


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Com receio das cobranças dos paulistanos, sempre críticos à seleção, técnico teve de ser convencido a encarar a “cascuda” Sérvia a menos de uma semana do Mundial

O Brasil realiza com a Sérvia, hoje, às 16 horas, o último amistoso antes da estreia na Copa do Mundo – dia 12, contra a Croácia. Compromisso em São Paulo, no Morumbi, que se transformou num problema na preparação do time – o técnico Luiz Felipe Scolari teve de engolir a escolha do local.

 

O presidente [José Maria] Marín perguntou se eu podia jogar em São Paulo. Eu perguntei se não podia jogar em outro estado, ele disse que não, por isso e por isso. Respondi que então não precisava me perguntar nada”, declarou o treinador.

O temor é sobre a receptividade dos torcedores. Os paulistas costumam ter paciência curta com a seleção. Dois conflitos pelas Eliminatórias entraram para a história.

Em 2000, na estreia de Leão no comando da seleção, o triunfo diante da Colômbia ocorreu apenas aos 47 minutos do 2.º tempo, gol do zagueiro Roque Júnior. Antes, insatisfeitos, os torcedores atiraram as bandeiras do Brasil na direção do campo.

Depois, em 2007, sobraram vaias para o Brasil, dirigido desta feita por Dunga. Contrariedade que cessou somente na virada do placar, 2 a 1, no clássico com o Uruguai.

Sem alternativa, Felipão não quer dar margem para uma despedida traumática, logo na cidade que receberá a abertura do Mundial, no Itaquerão. “Vamos jogar de uma forma consistente para que e o torcedor tenha confiança. Se a história diz que São Paulo é arredia, é hora de mudarmos”, afirmou.

A tendência para esta tarde é de estádio lotado. Até ontem foram vendidos cerca de 57 mil dos 64.780 ingressos disponibilizados nas bilheterias.

Outro fator complicador no teste derradeiro do Brasil é o adversário. Scolari gostaria de enfrentar uma seleção mais fácil. “Normalmente, a gente analisa e quer jogar com uma equipe mais fraca”, revelou o treinador, sobre a disposição anunciada ainda no ano passado.

O objetivo era jogar com os sérvios há uma semana, na sexta-feira. Antes do duelo com o Panamá, vencido por 4 a 0, com tranquilidade, na última terça-feira, em Goiânia. Entretanto, por questões internas, o desejo de Felipão novamente não pôde ser atendido. “Não conseguimos, vamos fazer dessa forma”, afirmou.

Os sérvios ficaram em terceiro no Grupo A das Eliminatórias europeias, perderam a vaga para Bélgica e, justamente, para a Croácia. Foram escolhidos por apresentarem características parecidas às dos croatas. Geralmente, um conjunto forte defensivamente – com até cinco atletas compondo o meio– e jogadores habilidosos quando saem para o ataque.

A forte “pegada”, aliás, preocupa o treinador brasileiro, uma semana antes da largada. “A Sérvia tem excelentes jogadores, marca de forma viril. Vamos ver se conseguimos terminar com um resultado positivo e sem problemas de lesões”, disse. “É outro estilo [na comparação com o Panamá], mas temos nosso estilo e temos de nos impor”, avaliou o volante Luiz Gustavo

 

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