Professores e funcionários da rede estadual de educação fizeram vários protestos em rodovias das regiões oeste e sudoeste do Paraná na manhã desta quinta-feira (12). As mobilizações pelo interior do estado são em apoio aos manifestantes concentrados em Curitiba, na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) e nos arredores da sede do Legislativo, em repúdio ao ‘pacotaço’ apresentado pelo governador Beto Richa (PSDB). A categoria está em greve desde segunda-feira (9), suspendendo a volta às aulas quase 1 milhão de estudantes.

Em Marechal Cândido Rondon, no oeste do Paraná, os professores e servidores estaduais bloquearam o trecho da BR-163 na entrada da cidade das 8h30 às 10h30. A cada 15 minutos, o trânsito era liberado em um dos sentidos da rodovia. Policiais rodoviários federais acompanharam a movimentação e orientaram os motoristas já filas se formaram no local. Ainda segundo a PRF, às 12h o fluxo já havia sido normalizado. Em Céu Azul, manifestantes também protestaram na praça de pedágio da BR-277.

Sudoeste
Servidores da educação de Ampére, Santa Izabel do Oeste, Pinhal de São Bento e Realeza, na região sudoeste, também se mobilizaram. Cerca de 300 pessoas, com faixas e cartazes, fizeram uma passeata na manhã desta quinta-feira. Durante o protesto, o grupo passou pela PR-182, mas não houve bloqueios. O movimento teve o apoio de caminhoneiros.

Em Coronel Vivida, a passeata recebeu o reforço de pais e alunos e de educadores de Chopinzinho. Alguns comerciantes fecharam as portas em apoio ao movimento dos educadores.

"Pacotaço"
Os trabalhadores são contra um pacote de medidas do governo estadual que afeta as carreiras dos educadores. Entre as exigências da categoria estão o pagamento de benefícios atrasados e a reabertura dos turnos fechados no fim de 2014. O “pacotaço”, como é chamado, faz parte da segunda etapa de um ajuste fiscal que começou em 2014, com o aumento da alíquota de impostos.

Uma reunião entre o governo e 37 deputados estaduais foi realizada na noite de segunda-feira (9). Três itens do pacote de medidas foram alterados. Os benefícios serão mantidos e o plano de carreira dos servidores da educação não sofrerá mudanças. Também no acordo, o governo decidiu não suspender o quinquênio e anuênio, que assegura reajustes automáticos a todo o funcionalismo.

O auxílio transporte para servidores do magistério que estejam afastados do trabalho e o direito a licenças, cuja concessão caberá exclusivamente ao secretário estadual da Educação ou diretor-geral da pasta, também será mantido, assim como o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) para promoção e progressões.