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Elei?es podem levar Dilma a trocar um ter?o do minist?rio....

Quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Última Modificação: 09/06/2020 16:56:16 | Visualizada 186 vezes


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Dos 39 integrantes do primeiro escalão, 12 são cotados para concorrer no ano que vem. Tendência é que eles antecipem a saída para preparar melhor a campanha e dar mais tempo para substitutos

As eleições de 2014 devem provocar a troca de quase um terço dos ministros da presidente Dilma Rousseff. Doze dos 39 integrantes do primeiro escalão federal são cotados para disputar mandatos e, caso concorram, vão precisar deixar os cargos até o próximo dia 6 de abril, por obrigação legal. A tendência, porém, é que eles antecipem a saída para até janeiro, segundo informação do vi­­ce-presidente da Câmara dos Deputados, André Vargas (PT-PR).

O parlamentar repetiu ontem que a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann (PT), faz parte desse grupo e que vai disputar o governo do Paraná. “É importante essa troca com mais tempo [antes do prazo limite estipulado pela legislação eleitoral] porque permite que a nova equipe tenha mais tempo e condições para trabalhar”, disse o petista. A decisão também fortaleceria a candidatura de aliados, que teriam mais tempo para se preparar para a disputa. E, consequentemente, isso contribuiria para a reeleição de Dilma.

 

Mais que Lula

 

Ex-presidente estadual do PT e secretário nacional de comunicação do partido entre 2011 e 2012, Vargas prevê que a antecipação das saídas deve abranger de sete a doze ministros. Se confirmado, o número de substituições em função das eleições será maior que o promovido em 2010 pelo ex-presidente Lula.

 

Na época, ele trocou dez ministros. Mas a desincompatibilização dos cargos só ocorreu no final de março, na véspera do prazo de seis meses anteriores ao pleito definido pela Lei Eleitoral. Então ministra da Casa Civil, Dilma encabeçava a lista.

 

“Não somos aqueles que estão dizendo adeus, somos aqueles que estão dizendo até breve”, disse ela, durante o discurso de despedida. Apesar da vitória de Dilma, os três que deixaram o ministério de Lula para concorrer a governador perderam – Alfredo Nascimento (PR) no Amazonas, Gedel Vieira Lima (PMDB) na Bahia e Hélio Costa (PMDB) em Minas Gerais.

 

Dentre todos os dez, apenas Nascimento e Edison Lobão (PMDB-MA) retornaram aos ministérios dos Transportes e Minas e Energia, respectivamente, na gestão Dilma. O primeiro ficou menos de um ano na volta à função – foi demitido em 2011, em meio a denúncias de corrupção que, posteriormente, não foram comprovadas.

 

Do time atual de ministros, seis são cotados para disputar governos estaduais. Três deles estão na linha de frente do PT para enfrentar o PSDB em seus principais redutos. No Paraná, Gleisi deve ser a adversária de Beto Richa; em Minas Gerais, Fernando Pimentel (ministro do Desenvolvimento) deve enfrentar Antonio Anastasia; e, em São Paulo, Alexandre Padilha (Saúde), deve ser o adversário de Geraldo Alckmin.

 

Fora do PT, o ministro da Pesca, Marcelo Crivella (PRB), é pré-candidato ao governo do Rio de Janeiro. Os dois ministros do PSB, Fernando Bezerra (Integração Nacional) e Leônidas Cristino (Portos), são citados para concorrer em Pernambuco e Ceará, respectivamente. Os demais seis ministros que devem deixar o governo tendem a disputar vagas na Câmara e no Senado.

 

Candidatura

 

“É muito cedo para falar de eleições”, afirma Gleisi

 

A ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann (PT), declarou ontem que “não há nada definido” sobre a saída de ministros em função das eleições de 2014. Sobre a candidatura ao Palácio Iguaçu, citou que continua com o foco no governo federal. “É muito cedo para falar em eleições.”

 

Marido de Gleisi, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, declarou que a esposa “até pode ser candidata”, mas que o momento atual não é o ideal para tratar dessa decisão. “Só jornalista e político falam de eleição com essa antecedência; a população não está interessada nesse assunto”, disse.

 

Segundo Paulo Bernardo, ninguém consegue prever como a presidente Dilma Rousseff vai agir durante a troca de ministros. “Pelo jeito só tem duas pessoas no Brasil que sabem disso – a Dilma e o André [Vargas].”

 

O ministro disse ter compreendido as declarações do vice-presidente da Câmara sobre a candidatura de Gleisi como uma “manifestação natural dentro do ponto de vista político”. Já a ministra declarou que a colocação de Vargas “expressa mais a sua [do deputado] vontade”.

 

Paulo Bernardo relembrou que, em 2010, cogitava deixar o governo Lula para se candidatar a deputado federal, mas que preferiu ficar no cargo por um pedido do ex-presidente. “Essas questões precisam ser vistas com muita calma. Antes de decidir, todo ministro deve antes ter uma conversa com a Dilma.”

Fonte: GAZETA MARINGÁ

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