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Tecnologia 3D promete agilizar projetos de constru??o e reduzir custos...

Segunda-feira, 02 de setembro de 2013

Última Modificação: 09/06/2020 16:55:35 | Visualizada 332 vezes


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Muito utilizado nos Estados Unidos e na Europa, sistema BIM ainda está em fase inicial de implantação no Brasil. Software possibilita identificar e corrigir falhas ainda na etapa de planejamento

Um modelo virtual de edificação que possibilita a simulação do edifício durante sua vida útil, passando por todas as fases. Este é o conceito da Modelagem da Informação da Construção ou BIM (Building Information Modeling), sistema ainda pouco utilizado no Paraná, mas que começa a ganhar espaço, prometendo aumentar a qualidade e a lucratividade dos projetos, além de reduzir prazos e custos.

Empresas voltam atenção para o BIM

Diante da crescente utilização do BIM pelo setor da construção civil, algumas empresas já estão preparando produtos seguindo o novo conceito. Uma das primeiras do país foi a Deca, fabricante de louças e metais sanitários, que disponibilizou uma biblioteca de produtos com modelagem, batizada de DecaBIM.

Segundo o chefe de área de engenharia de aplicação da Deca, Osvaldo Barbosa de Oliveira Junior, a criação da biblioteca ocorreu a partir de dois comitês de trabalho, formado por engenheiros e arquitetos entre outros profissionais, que sugeriram melhorias para os produtos desenvolvidos, levando em consideração a utilização dos modelos no projeto das edificações.

“Com a biblioteca DecaBIM, a marca visa auxiliar os profissionais do mercado a desenvolver e valorizar seus projetos de forma a promover o desenvolvimento tecnológico da construção civil, além de fornecer uma biblioteca com a qualidade esperada pelo mercado e desempenhar seu papel de empresa líder e inovadora”, explicou em nota divulgada para a imprensa.

 

Para aproximar a nova tecnologia dos empresários e profissionais da área de construção, o Sebrae promoveu este mês em Maringá um evento sobre o BIM. Segundo o consultor Joversi Luiz de Rezende, o software traz um novo método de pensar o processo produtivo do setor, atuando como uma espécie de raio-x das obras.

 

“A tecnologia BIM ainda é pouco explorada e chegou ao Brasil há cerca de três anos, sendo usado por grandes empresas, principalmente em São Paulo. Ela segue uma tendência de se pensar mais no planejamento da obra, para torna-la mais rápida e industrializada.”

 

Durante o evento, houve uma palestra com o arquiteto e instrutor de compatibilização em 3D e BIM, Adriano Scarabelot. Ele explicou que nos Estados Unidos e em países da Europa, mais de 50% dos escritórios já utilizam essa tecnologia.

 

“Hoje, utilizamos um processo linear de planejamento que nos permite verificar falhas só na execução da obra, gerando prejuízos. Com a tecnologia BIM, as empresas passam a experimentar um processo colaborativo e simultâneo que permite identificar os ‘pontos cegos’ do projeto, como colisões de tubulações, e minimizar erros e desperdícios”, explicou.

 

Composição de objetos

 

Para montar os projetos, os arquitetos costumam utilizar o Desenho Assistido por Computador, ou CAD (Computer Aided Design), software que utiliza linhas e formas geométricas desvinculadas de outros arquivos.

 

Já o BIM transforma o projeto em uma composição de objetos pré-modelados que estão ligados a um modelo único. O programa permite integrar projetos de arquitetos, engenheiros e outros profissionais, promovendo a simulação e a visualização da obra como um todo.

 

O arquiteto e integrante do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Paraná (CAU/PR) Aníbal Verri Junior, utiliza efetivamente o BIM desde o fim do ano passado. Durante esse período, ele percebeu que o novo sistema reduziu os retrabalhos. “Se eu faço uma alteração em um objeto, existe uma atualização instantânea de todos os componentes do projeto, minimizando o risco de erro. É uma plataforma que facilita o diálogo com a obra”.

 

Barreiras

 

Para o consultor do Sebrae, ainda existem pelo menos duas barreiras para a popularização do BIM: a falta de conhecimento sobre o novo sistema e o alto investimento inicial. “O sistema exige um suporte mais robusto de informática. Mas esse é um caminho que vemos como irreversível."

 

O presidente da Associação de Engenheiros e Arquitetos de Maringá (AEAM), o engenheiro civil Nivaldo Barbosa de Lima, segue opinião semelhante. “Não dá para esperar que só os profissionais mudem, as empresas precisam se adaptar aos novos conceitos e tecnologia para o processo produtivo seja eficaz.”

 

Fonte: Gazeta maringá

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