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Com d?vidas de R$ 844 mi, Corol pode pedir liquida??o judicial...

Segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Última Modificação: 09/06/2020 16:52:17 | Visualizada 227 vezes


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Medida poderia facilitar a retomada das negociações com os credores da cooperativa

A Corol Cooperativa Agroindustrial de Rolândia pode partir para uma liquidação judicial se não conseguir renegociar suas dívidas com os credores. A decisão foi tomada em assembleia, na última sexta-feira, após a apresentação dos relatórios das auditorias contratadas para fazer avaliação global da cooperativa. Os cooperados aprovaram também, por unanimidade, o balanço de 2012 - que apontou uma dívida global de R$ 746 milhões até 31 de dezembro do ano passado - e decidiram investigar se houve dolo, por parte da administração anterior.

 

Os números apresentados pela auditoria da Price Waterhouse Coopers (PwC) mostra que o balanço de 2011 e 2012 tiveram que ser ajustados. De acordo com o representante da empresa, Carlos Alexandre Perez, foi levantado todo o passivo e ativo, com exame do escopo completo da Corol e suas derivadas. “O balanço de 2011 teve de ser reaberto e notamos que lançaram números lá que não correspondiam à realidade.”

 

Até sexta-feira, a dívida total da Corol chegava a R$ 844 milhões. O patrimônio – imóveis e equipamentos – somou R$ 412 milhões pelo valor de mercado e R$ 287 milhões no valor de liquidação forçada, segundo avaliação feita pela Engeval Engenharia de Avaliações. O valor de liquidação forçada é o que se pode obter por um imóvel e/ou equipamento em situação de venda compulsória. Isso seria suficiente, segundo a auditoria, para cobrir apenas 37% das dívidas.

 

Negociações

 

Segundo o assessor jurídico da cooperativa, Anacleto Giraldeli Filho, a cooperativa vai voltar a conversar com os credores. “Foi isso que a assembleia nos autorizou.” Mas, segundo ele, se houver situações nas quais possa acontecer venda de patrimônio por valor inferior ao de mercado, a liquidação judicial seria uma “válvula de escape”.

 

“Na liquidação [judicial] todas as ações são interrompidas, inclusive os leilões. Aí traz uma realidade mais dura para o credor.” Segundo ele, com a liquidação judicial os pagamentos são priorizados para as dívidas privilegiadas (trabalhistas, impostos e contribuições sociais). O restante dos credores tem que esperar. De acordo com o advogado, sabendo que há essa possibilidade, muitos credores podem voltar a negociar para evitar a liquidação judicial.

 

 

Fonte: GAZETA-MARINGÁ

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