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Copel ? uma das tr?s distribuidoras mais afetadas pela escassez de energia...

Quarta-feira, 30 de abril de 2014

Última Modificação: 09/06/2020 16:49:04 | Visualizada 209 vezes


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Empresa recebeu quase R$ 450 milhões, o terceiro maior volume de recursos da primeira parcela do empréstimo feito para socorrer o setor

Uma das empresas mais impactadas pela crise do setor elétrico, a Copel Distribuição recebeu o terceiro maior volume de recursos emprestados por meio da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), atrás somente da Light (RJ) e da Eletropaulo (SP). Os bancos financiaram R$ 11,2 bilhões, dos quais R$ 4,7 bilhões foram repassados em uma primeira parcela a 39 distribuidoras.

A Copel obteve R$ 447,3 milhões para cobrir a exposição involuntária no mercado de energia de curto prazo apenas em fevereiro. A empresa ainda vai receber mais dois repasses em maio e junho para bancar os prejuízos de março e abril, mas depois não existem mais recursos previstos. Todo esse valor será repassado na tarifa de energia dos paranaenses a partir de 2015. Por isso, a Copel Distribuição é uma das maiores interessadas no leilão que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) promove hoje.

Além de pagar caro pela energia térmica que está entrando no sistema (R$ 822 o megawatt/hora), a empresa tem um grande volume de energia descontratada. Isso significa que ela é obrigada a comprar energia mais cara no mercado de curto prazo, cujo preço é impactado pelo uso das térmicas. Em entrevista à Gazeta do Povo no dia 18 de março, o diretor-presidente da Copel Distribuição, Vlademir Santo Daleffe, confirmou em 12% o porcentual de energia que a empresa precisa comprar para honrar seus contratos. Procurada nos últimos dias, a estatal não concedeu entrevista.

Exposição

Em 2013, mesmo com um aporte de R$ 827,3 milhões da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), a Copel ficou exposta em R$ 250 milhões, segundo informações da empresa. Em janeiro, a companhia recebeu um aporte de R$ 114,6 milhões do governo que zerou a exposição do mês. Agora, o empréstimo via CCEE deve sanar o custo da exposição e do gasto extra com a compra de energia térmica dos meses de fevereiro, março e abril. O empréstimo tem como garantia as receitas futuras das distribuidoras, ou seja, terá de ser repassado na tarifa de energia a partir de 2015.

Segundo a Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), a exposição total das distribuidoras é de 3,2 mil megawatts médios (MWm), volume que as empresas vão tentar comprar no leilão. “Embora o preço da energia no curto prazo esteja alto, ele não vai durar por cinco anos. O leilão deve atrair um bom número de vendedores”, afirma Ricardo Savoia, diretor de Regulação e Gestão em Energia da consultoria Thymos.

Contudo, apesar do preço mais atrativo [R$ 271 o MWh, o teto definido pela Aneel], o leilão de hoje não deve suprir todo o volume de energia descontratada das distribuidoras, mas vai reduzir parte da pressão sobre o governo e o caixa das empresas, avalia Savoia.

Governo diz que leilão pode não atender toda a demanda

Folhapress

O secretário de Planejamento Energético do Ministério de Minas e Energia, Altino Ventura Filho, disse ontem que a contratação de energia que será ofertada no leilão de hoje pode não chegar aos 3,2 mil MWm necessários para as distribuidoras deixarem de contratar energia mais cara no mercado de curto prazo. Em geral, as distribuidoras fazem contratos longos com as geradoras, o que permite preços mais baratos. No curto prazo, a energia é mais cara.

“Temos esperança que seja contratado tudo o que as distribuidoras estão esperando. Mas o valor do descontratado é elevado e é possível que a oferta não atinja plenamente toda a disponibilidade do que está descontratado”, disse o secretário, sem deixar de enfatizar que, apesar disso, a expectativa do governo é boa em relação ao leilão.

Ventura Filho afirmou ainda que a realização da disputa será favorável para as tarifas.

Oportunidade

O leilão é para contratos de energias para os próximos cinco anos. O secretário não revelou quantas usinas se mostraram interessadas. “Nessa situação os preços sinalizaram oportunidades favoráveis tanto para os consumidores quanto para os geradores, que poderão disponibilizar sua energia pelos próximos cinco anos.”

“Na realidade, esse contrato vai fazer com que essas térmicas que estavam liquidando [vendendo] no chamado PLD [Preço de Liquidação de Diferenças, que é o mercado de curto prazo] pelo valor teto, vão vender energia por um preço menor. Com esse preço menor, é mais vantagem para os consumidores”, afirmou.

 

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