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P?s de caf? queimados pela geada negra ser?o arrancados...

Segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Última Modificação: 09/06/2020 16:56:23 | Visualizada 183 vezes


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O agricultor Jaime Rosseto, um dos mais tradicionais plantadores de café de Mandaguari (a 39 quilômetros de Maringá), comprou nesta semana 45 mil mudas de café e avisou ao viveirista que vai precisar de mais em breve para replantar parte de sua lavoura, às margens da BR-376, próxima à praça de pedágio, destruída pelas geadas da última semana de julho. Também seus três irmãos e primos, todos cafeicultores, já se preparam para arrancar cafeeiros queimados pelas geadas.

Um levantamento realizado pelo Departamento Técnico da Cooperativa Cocari aponta que várias propriedades de Mandaguari, Jandaia do Sul, Ivaiporã e Apucarana terão que arrancar pés de café condenados, outras, menos atingidas, poderão optar pela recepa, que é uma poda a cerca de 20 centímetros do solo para o renascimento da planta. Pelos cálculos da Cocari, praticamente 100% dos cafezais da região foram atingidos em diferentes níveis e os que não forem arrancados ou recepados, terão, no mínimo, que passar pelo esqueletamento, um tipo de poda que consiste no corte dos ramos de produção a cerca de 30 centímetros do tronco.

"As providências a serem tomadas poderão ser diferentes de acordo com o nível de afetação do pé de café, mas é certo que a produção cafeeira em 2014 no norte e noroeste paranaenses está seriamente comprometida", diz o agrônomo Roberval Simões Rodrigues, que chefia a equipe do Departamento Técnico da Cocari envolvida com o café. "Podemos esperar uma produção cerca de 90% abaixo da normal na safra que vem". Segundo ele, alguns municípios foram menos atingidos, porém outros sofreram um comprometimento quase que total.

Brotos indesejáveis

A família Rosseto já está escolhendo os pés que terão que ser arrancados e, segundo Jaime, o trabalho começa assim que conseguir contratar uma pá carregadeira. "Só vamos saber de fato o que se aproveita e o que terá que ser descartado depois de uma boa chuva, possivelmente lá para setembro, quando veremos como será o brotamento. De qualquer forma, de agora em diante, não há dinheiro que chegue. Todo o trabalho será braçal, teremos que contratar muita gente, pois além arrancar, vem o trabalho de recepa e do esqueletamento. Tudo é manual e muito demorado". A recepa é uma operação que utiliza foices, machados e serrinhas, ou mecanicamente, empregando máquinas podadeiras mecanizadas e motosserras, sempre fazendo um corte oblíquo em relação ao tronco.

Nesta semana, os cafeicultores de Mandaguari se surpreenderam ao descobrir brotamentos no caule do cafeeiro. Segundo o agrônomo Roberval Simões, o brotamento no caule é resultado da queima dos ponteiros e da maioria dos ramos e, se crescerem transformarão a planta em um emaranhado de galhos, sem condições de produzir grãos.

Nas plantas que não estiverem condenadas à erradicação ou recepa, os produtores terão que retirar todos esses brotos antes que eles cresçam a não possam mais ser extraídos. "Os brotos terão que ser retirados manualmente, um por um, pé por pé. Vamos ter que contratar muita mão de obra para isto", diz Rosseto.

 

Fonte: Odiario.com

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