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Apesar do retorno menor, milion?rios aderem ? poupan?a..

Terça-feira, 13 de agosto de 2013

Última Modificação: 09/06/2020 16:56:16 | Visualizada 179 vezes


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Número de pessoas com mais de R$ 1 milhão guardado na caderneta dobrou desde 2008

O fato de a caderneta de poupança ser hoje o investimento de mais baixo retorno no Brasil não a impede de ser cada vez mais alvo de milionários, indica o Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Nos últimos cinco anos, o número de cadernetas que contam com mais de R$ 1 milhão investido dobrou – subiu de 3.822 em 2008 para 8.556 no fim de 2012.

O número surpreende porque desde 2011 as cadernetas não oferecem mais do que a correção da inflação. Pelas regras, depósitos feitos a partir de maio de 2012 rendem 70% da taxa Selic mais TR (Taxa Referencial), sempre que a Selic for menor ou igual a 8,5% ao ano. Aplicações anteriores à data rendem 0,5% ao mês mais TR. Economistas são unânimes em afirmar que os tais milionários não correm risco de perder dinheiro, mas estão certamente deixando de ganhar.

 

Para Pedro Piccoli, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), o dado do FGC não ajuda a cravar o perfil do milionário que opta pela poupança. “Talvez parte das contas sejam de pessoas com patrimônio maior que tenham escolhido fazer uma ‘reserva’”, raciocina. Ele cita o fato de que, apesar de estar em ascensão, o número mais atual de cadernetas com mais de R$ 1 milhão corresponde a apenas 5% do total de milionários brasileiros, conforme o World Wealth Report de 2013.

 

Mesmo assim, Piccoli avalia que a tendência mostra o conservadorismo do brasileiro. A afeição pela poupança, diz ele, se baseia na memória da época em que fundos de renda fixa traziam retorno, na facilidade de aplicação e no desconhecimento sobre produtos financeiros. “A mudança nesse comportamento não está relacionada apenas com a maturação de mercado. Deverá passar pelo incremento da educação financeira”, defende.

 

Para o investidor, a poupança pode ser ruim, dizem especialistas. Mas para o Brasil é bom, avalia Mara Lucy Castilho, da Universidade Estadual de Maringá (UEM). Países que poupam conseguem acumular divisas e frear o endividamento. “É um caminho adequado para um país que precisa crescer, como o nosso”, diz ela.

 

Fonte: GAZETA MARINGÁ

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