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Cidade fica vazia ap?s fogo liberar nuvem t?xica...

Quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Última Modificação: 09/06/2020 16:54:51 | Visualizada 263 vezes


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Incêndio em carga de fertilizante em São Francisco do Sul produziu fumaça que chegou ao litoral do Paraná. Mais de 100 pessoas foram hospitalizadas

O governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo (PSD) decretou situação de emergência em São Francisco do Sul, no litoral de Santa Catarina, por causa do incêndio em uma carga de fertilizante no armazém da empresa Global Logística em um terminal marítimo, na BR-280.

O local armazena dez toneladas de nitrato de amônia, cuja oxidação produz uma fumaça densa que, se respirada, causa irritação na pele, olhos e vias respiratórias. A Defesa Civil estabeleceu um perímetro de segurança de 800 metros de raio a partir do acidente.

 

Mais de 200 bombeiros trabalham no combate ao incêndio, que não produz chamas. A explosão ocorreu por volta das 23 horas de terça-feira e os trabalhos para controlar o incêndio devem continuar até a tarde de hoje, de acordo com o Corpo de Bombeiros de Santa Catarina. A principal suspeita é de que o fogo tenha começado com um curto-circuito.

 

Hospital

 

Segundo a prefeitura de São Francisco do Sul, pelo menos 132 pessoas tinham dado entrada na tarde de ontem no Hospital Nossa Senhora das Graças, com irritação nos olhos, nariz e garganta. Elas foram liberadas na sequência. Cerca de 800 pessoas foram para um abrigo. Os atingidos são moradores do bairro Paulas e de outros cinco bairros periféricos. A prefeitura não soube informar quantas pessoas deixaram a cidade, mas relata que o município ficou praticamente “vazio”.

 

A Gerência Regional de Educação de Joinville comunicou que até sexta-feira estão suspensas as aulas nas nove escolas da rede estadual de São Francisco do Sul. A mesma medida foi adotada pela Secretaria Municipal de Educação. A Polícia Rodoviária Fe­­deral fechou o acesso à cidade pela BR-280 para facilitar a saída dos moradores e o vaivém de carros de emergência.

 

A maior dificuldade para conter as chamas foi a falta de um produto químico específico, disponível apenas na cidade de Itajaí, que fica a 100 quilômetros do local do incêndio. Segundo o Corpo de Bombeiros, água não pode ser usada no controle deste tipo de fogo. Ontem à noite, a nuvem de fumaça, com menos densidade, chegou ao litoral do Paraná.

 

Fumaça leva mau cheiro a Guaratuba

 

Uma fumaça branca, menos densa do que a avistada em São Francisco do Sul, chegou ao litoral do Paraná ontem à tarde. Os ventos também trouxeram odores de material queimado até o balneário de Coroados, em Guaratuba. O cheiro e a fumaça eram provenientes do incêndio no depósito de fertilizante em São Francisco do Sul.

 

De acordo com o tenente Nunes, do Corpo de Bombeiros de Guaratuba, no entanto, não havia uma coluna de fumaça, mas “uma espécie de neblina” responsável pelo mau cheiro que se dissipava rapidamente e soprava em direção ao oceano.

 

O oficial de planejamento e operações da Defesa Civil no litoral do Paraná, capitão Jonas Emmanuel Benghi, afirmou que sete pessoas chegaram a procurar ajuda médica alegando sintomas de uma possível intoxicação.

 

A prefeitura da cidade decidiu cancelar as aulas de ontem na Escola Municipal Juraci Correa, localizada em Coroados. Na instituição estudam cerca de 200 crianças no período vespertino. Técnicos da Defesa Civil estadual, do Corpo de Bombeiros e do Instituto Ambiental do Paraná monitoram a situação.

 

Ontem à noite, o secretário de Defesa Civil de Santa Catarina, Milton Hobus, reconheceu que a fumaça é “levemente tóxica” e “moderadamente perigosa”.

 

Fonte: Gazeta Maringá

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