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Quinta-feira, 03 de julho de 2014

Última Modificação: 05/09/2018 14:38:28 | Visualizada 147 vezes


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Em meio a problemas emocionais dos jogadores e de insegurança do técnico, camisa 10 é chamado para “apagar incêndio” propagando discurso de tranquilidade e otimismo

Não é apenas dentro de campo que o Brasil sofre de “Neymardependência”. Sob forte pressão para vencer a Colômbia, amanhã, às 17 horas, em Fortaleza, a seleção brasileira apelou ao seu craque e melhor garoto-propaganda em busca de paz.

Na segunda e na terça-feira, a CBF blindou a equipe, destacando os inexpressivos Fernandinho, Ramires e Victor para as coletivas. Mudou a estratégia na tentativa de respirar às vésperas das quartas de final.

“Nós estamos todos bem. Preparados para enfrentar a Colômbia e passar de fase. Se Deus quiser”, sentenciou Neymar, logo na abertura, dando o tom da entrevista coletiva realizada no fim do treino de ontem, na Granja Comary.

Em 34 minutos, um discurso ensaiado para deixar para trás os dias turbulentos. Período iniciado com o susto diante do Chile, no sábado. Alguns centímetros mais para baixo e o chute de Pinilla, disparado no último minuto da prorrogação, eliminaria os anfitriões do Mundial no Mineirão.

Na sequência, a classificação nos pênaltis escancarou a fragilidade emocional de alguns atletas brasileiros. Houve choro antes, durante e após os tiros livres. O capitão, Thiago Silva, em pânico, pediu para ser o último a bater, depois até do goleiro Júlio César.

Preocupado, o técnico Luiz Felipe Scolari pediu socorro à psicóloga Regina Brandão. A profissional foi até a concentração, na segunda-feira, e conversou com o grupo. Neymar apareceu para referendar o trabalho e a recuperação psicológica da seleção.

“Psicólogo faz bem para a vida do ser humano, não só no esporte, você sai mais tranquilo, leve. A Regina é uma grande pessoa e tem nos ajudado, estou aprendendo muita coisa”, comentou o atacante, que garantiu estar recuperado das dores no joelho direito e na coxa esquerda.

A suspensão por cartão amarelo de Luiz Gustavo, uma das referências do time, também engrossou o cenário de insegurança. Sem encontrar um substituto e a saída para a crise técnica, Felipão pediu ajuda para um grupo de jornalistas, numa reunião de emergência na concentração.

Diante das incertezas quanto ao futebol do Brasil, Neymar encampou o pragmatismo do comandante: “Não quero dar show, a última coisa que buscamos é espetáculo. Não importa se não vai dar chapéu, caneta, fazer todo mundo rir. Queremos sair vencedores, pode ser por meio a zero”.

Sobrou, ao fim do encontro, até um cutucão nos adversários, em particular ao destaque colombiano, James Rodríguez, curiosamente, com os mesmo 22 anos de Neymar. “É craque, apesar da pouca idade. Mas espero que o ciclo dele acabe agora e a seleção brasileira continue”, disse. “Com todo respeito, é claro”, completou.

 

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