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Segunda-feira, 14 de julho de 2014

Última Modificação: 05/09/2018 14:38:21 | Visualizada 162 vezes


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1) Alemanha tem primeira geração de campeões mundiais com o país unificado.

2) Feito marca o sucesso da renovação no futebol germânico.

3) Alemães fazem da organização o maior trunfo.

4) Triunfo no Maracanã coroa o jogo em equipe

Uma nova Alemanha é a campeã da Copa do Mundo de 2014. O quarto título mundial veio com uma vitória por 1 a 0 sobre a Argentina, na prorrogação, ontem, no Maracanã. É o primeiro título desde a reunificação do país, oficializada em outubro de 1990. Resultado de um projeto de renovação iniciado há uma década e meia, em que o planejamento e a disciplina, tipicamente alemã, ganharam elementos do futebol espanhol e holandês.

O gol do título simboliza essa transformação. Uma troca de passes iniciada na defesa, que vira jogada individual de Andre Schürrle pela esquerda até a assistência para Mario Götze matar no peito e finalizar de sem pulo, a sete minutos do fim do tempo extra.

A Alemanha foi a seleção que mais trocou passes (701 por jogo) e mais teve a bola no pé durante a Copa (58%). Schürrle, de 23 anos, e Götze, de 22, são descobertas da rede de 366 centros de treinamento do país. Foram os primeiros jogadores nascidos na Alemanha reunificada a vestir a camisa da seleção nacional, em novembro de 2012. Ambos começaram a final no banco.

“Tudo o que conseguimos como equipe está aí. Combina muito bem o Götze marcar o gol. Ele simplesmente entrou e fez o gol”, exclamou Thomas Müller, vice-artilheiro e segundo melhor jogador do torneio.

A entrada de Schürrle e Götze mudou o jogo da Alemanha. Com o primeiro, Joachim Löw ganhou força ofensiva pelo lado do campo e refinou ainda mais o passe no meio, com o recuo de Kroos para jogar próximo a Schweinsteiger e a centralização de Özil. Com o segundo, trocou o homem de área Klose pelo falso 9. A ocupação de espaço da Holanda e a mobilidade do Barcelona de Guardiola, as duas grandes referências do novo estilo alemão.

“Nos últimos anos estamos desenvolvendo nosso próprio estilo, independentemente das tendências”, disse Löw, auxiliar entre 2004 e 2006 e, desde então, técnico principal. Foi com ele que a Alemanha caiu na final da Euro-2008 e na semifinal da Copa-2010 e da Euro-2012. “Tivemos grandes torneios no passado e agora demos o último passo. É inacreditável”, ressaltou Schweinsteiger, presente em todos os torneios. “Foi um prêmio para a nossa geração.”

Para a geração e para a persistência de, a partir da queda na primeira fase da Euro-2000, buscar um novo caminho em um futebol autossuficiente com seus três títulos mundiais e um continental erguido quatro anos antes. “Depois do título mundial de 90 cada um seguiu por sua conta. O sucesso não vem por acaso. Gastamos muito em formação, estrutura e capacitação de treinadores”, falou o diretor esportivo Oliver Bierhoff, centroavante no fracasso de 2000 e um dos responsáveis por coordenar o investimento que já supera US$ 1 bilhão.

Uma aula para quem, pelos pés da Alemanha, sofreu a maior humilhação da sua história. “O Brasil é o país do futebol, há muito talento por aqui. É preciso descobri-los e dar formação”, ensina Bierhoff, com a autoridade de campeão mundial com um futebol e um país totalmente novos.

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