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Brasileiro resiste a adotar h?bitos saud?veis e econ?micos

Sexta-feira, 18 de julho de 2014

Última Modificação: 27/08/2018 19:17:37 | Visualizada 155 vezes


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Pesquisa revela que país estagnou ou regrediu em práticas que demonstrariam a preocupação com a saúde e com o meio ambiente

As campanhas de conscientização sobre problemas ambientais não têm surtido efeito no Brasil. Nos últimos oito anos, segundo pesquisa da Fecomércio RJ/Ipsos – realizada em 70 cidades do país – os porcentuais de economia de água, consumo de energia e alimentação saudável continuam praticamente estáveis. Alguns, inclusive, chegaram a subir. Em 2007, por exemplo, apenas 13% da população lavava o carro com mangueira. Em 2014, o índice subiu para 20%.

 

A pesquisa também constatou que um em cada quatro brasileiros (25%) ainda mantém o hábito de varrer ou lavar a calçada com o jato d’água da mangueira. No ano passado, o porcentual era de 24,5%. O lixo é outro problema. Apenas 48% da população faz a separação. Do total de habitantes no país, cerca de 130 milhões acreditam que materiais orgânicos e recicláveis são misturados depois da coleta.

Na opinião do economista da Fecomércio-RJ Christian Travassos, para darem certo as campanhas precisam afetar as finanças do consumidor. “Notamos que a mensagem tem mais efeito quando chega ao bolso da população. O brasileiro é mais sensível nessa parte”, relata. É o caso da energia elétrica. Segundo a pesquisa, uma das ações com maior adesão entre os brasileiros (91,53%) é o ato de apagar a luz antes de sair do recinto.

O economista também sugere campanhas governamentais e educativas. “O Estado precisa mostrar à população o que é mais relevante. Não basta saber que existe coleta de lixo. É necessário entender como ela é feita”, ressalta. As empresas, de acordo com ele, também podem exercer o papel educacional.

Exemplo corporativo

O escritório Gaia, Silva, Gaede & Associados criou o projeto Eco Gaia, que visa incentivar os funcionários a ter um consumo mais consciente. São várias iniciativas. A gramatura (espessura) do papel usado pela equipe, por exemplo, foi reduzida de 90 para 75. Já a impressão dos documentos passou a ser feita frente e verso. “A papelaria que já não pode mais ser usada a gente manda para ser reaproveitada e revendida”, conta Dayna Golçalvez, uma das responsáveis pela iniciativa.

Dayna relata que o escritório tem um sistema interno que registra a quantidade de árvores gastas em folhas de papel. “Em um ano foram 20. Para pagar nossa dívida com a natureza, doamos mudas de árvores para nossos colaboradores, que as plantam em suas residências”, diz.

Os copos de plástico foram dispensados e o local começou a disponibilizar uma xícara personalizada para cada um dos 130 funcionários. Uma papa-pilhas e baterias, feito de material reciclado, também foi criado para recolher esse tipo de material. A meta para o próximo ano é reutilizar a água que sobra em garrafinhas para regar as plantas do escritório.

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