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Deputado ligado ao agroneg?cio ser? o vice na chapa de Marina Silva..

Quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Última Modificação: 27/08/2018 18:58:53 | Visualizada 171 vezes


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Gaúcho Beto Albuquerque recebeu doações de empresas do setor, que tradicionalmente se opõe às propostas da candidata

 

O PSB definiu ontem o nome do deputado federal Beto Albuquerque (PSB-RS) como candidato a vice-presidente na chapa de Marina Silva. Líder do partido na Câmara, ele era um dos aliados mais próximos do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, que morreu em acidente aéreo no dia 13 deste mês. O deputado trabalhou desde o início na construção da candidatura do pernambucano. O anúncio deverá ser feito hoje.

Albuquerque, de 51 anos, tem trajetória de afinidade com o agronegócio — setor que tradicionalmente se opõe às propostas de Marina. Com base eleitoral no Noroeste gaúcho, onde a agricultura sustenta a economia, ele defendeu interesses de cerealistas e de empresas de celulose no Congresso. Conseguiu, por exemplo, uma linha de financiamento do BNDES para armazenagem de grãos e atuou contra uma restrição ambiental a plantações em áreas de elevada altitude.

No início do primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, quando foi vice-líder do governo, Albuquerque trabalhou pela edição de medida provisória que liberaria o plantio de soja transgênica. Naquela época, Marina era ministra do Meio Ambiente e criticava a iniciativa. Na eleição de 2010, companhias de sementes, beneficiadoras de grãos e empresas como a Celulose Riograndense e a Klabin compuseram metade das receitas do deputado na campanha — a proliferação de plantações de eucaliptos é um tema caro a ambientalistas locais. Suas últimas campanhas receberam contribuições de uma empresa de defensivos agrícolas e de uma indústria de armas.

Apesar das ligações do deputado, a relação com Marina parece ser boa: há três semanas, Albuquerque e a ex-senadora pediram votos em visita ao Rio Grande do Sul, junto com Eduardo Campos. O deputado já foi duas vezes secretário de governos petistas no Rio Grande do Sul.

Rede

O estatuto da Rede Susten­tabilidade, partido idealizado por Marina e que não obteve o registro no Tribunal Superior Eleitoral em 2013, veda a arrecadação de doadores desses ramos. As principais lideranças da Rede, no entanto, foram informadas ontem da indicação e aceitaram o nome de Albuquerque.

Antes da definição por Albuquerque, especu­lou-se o nome do secretário de Educação e das Cidades do então governo de Eduardo Campos em Pernambuco, Danilo Cabral. O nome dele, no entanto, foi vetado tanto pela família de Campos quanto por integrantes da Rede Sustentabilidade e pelo PSB nacional.

 

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